quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Objetividade sobre futebol é gozo precoce


Gego (Gertrude Goldschmidt), 1988


Estender uma alfombra vermelha X Poupar titulares e conseguir a terceira vitória


“Los chinos demostraron una mayor preocupación por no encajar goles que por anotarlos, lo que, unido a su ya de por limitado fútbol, extendió una alfombra roja por la que transitó a placer un Brasil a medio gas”.

“Mesmo tendo poupado alguns de seus titulares, o Brasil venceu a China por 3 a 0, com dois gols de Thiago Neves, e conseguiu sua terceira vitória no torneio masculino de futebol dos Jogos Olímpicos de Pequim, nesta quarta-feira, em Qinhuangdao”.

Eis como se pode comparar as primeiras palavras de dois artigos sobre a vitória da seleção olímpica brasileira diante dos anfitriões chineses. O segundo, da edição online da Folha de São Paulo é de uma objetividade inarredável: contendores (China e Brasil), placar (3x0), artilheiro da partida (Thiago Neves), histórico do time brasileiro (três vitórias), competição (torneio masculino de futebol dos Jogos Olímpicos de Pequim), data (esta quarta-feira), local (Qinhuangdao), alguma circunstância distinta (mesmo tendo poupado alguns titulares).

Mas é o primeiro, do diário esportivo espanhol As, que nos repassa algum ritmo, algum calor, que são destilados à margem do manual de redação. Que nos reconduz ao que há de épico numa partida de futebol.



Nenhum comentário:

Postar um comentário