domingo, 9 de outubro de 2011

E muitos a não seres depois, tudo grita

[s/i/c]


Peixe


Então, a água veio
ensinar à sede o tempo da chuva.

Recobrir a pedra de lodo,
as demoras de sonho.

Propor nas vozes grãos de criança.

E a polpa das frutas a gosmar nas ostras,
constituir no rascunho calcário o peixe.

Quem pode dizer por quem cala,
a não ser que também cale?

E muitos a não seres depois tudo grita.

E não se quer sair do rascunho.


* * *

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