quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Sob a ótica das ilusões, tudo mais vira nada e meio

A jogadora de vôlei  Kimberly Glass posa para a Edição Body da Espn Magazine, 2011


Outra insuficiente reportagem

E há aquelas que a gente encontra no meio do nada. E tudo mais vira nada e meio. Então, diz-me quem és, Oh! quão caro me custa o entender-te. Mas diz-me, que dir-te-ei com quem andas; ou ao menos, tentarei, tentarei; ou, se não souber, inventarei: ficcionarei, fantasiarei, faz-de-contarei. Ou se não inventar, ou não fabular ou não faz-de-contar, hei de ficar especulando o porquê de seres. Ah, as mesóclises, os ponto-e-vírgulas. Como são classudos e meio europeus. E não esqueçamos das interjeições.
Dali era pedrada no canário. O campo era bom; o ar, limpo. A mulher, bela. Mas o fumacê passou. Mauhalitou-os. Não cabia passe pro lado. “Sem falta na dividida”, dizia o professor. Professor Emérito, viu? “E nenhuma fratura exposta, faz favor”. E também: “cerca, cerca, que essa camisa cinco, não é santa, não”. Arrancaram. Brecaram um pouquinho. A coisa andava bastante tática. Mas muito pouco lúdica. Quase nada erótica. Quem sabe no intervalo. Chovia na área. Ela ajeitou o corpo para o lançamento. Ui! "Você acha que uma imagem diz mais ou menos do que mil palavras?" Ah! E ouviam coros de torcida que ninguém mais. Tanto suaves eram. "Acho que às vezes diz menos". E eram brabos também (que ainda quando se fica bravo não se é exatamente brabo. "Comé que é? Vai, dá um beijinho não, pra liberar?". Ficar bravo é coisa de sulista. "Sei lá, depende das palavras, né?" Nós entendemos mesmo é de ficar brabo. E o resto, se não for silêncio, a gente inventa.)
Ganhavam no jogo. Aonde perdiam? Aonde? A sorte deles não mudava. Os momentos corriam. Cercavam. Antecipavam. Cortavam. 

Cerziam-se.

* * *

Nenhum comentário:

Postar um comentário