domingo, 15 de abril de 2012

E rio é seu assunto


Um exemplar de manuelzinho-da-croa

Não há sinal de cais, mas tudo me acalma

e esses violeiros em que o jeito de tocar é uma perícia em si. Verdadeira gema. Não virtuoses no sentido estrito, embora o sejam num sentido muito mais amplo e duradouro. Não datilografando trezentas notas por segundo – e para quê? Mas a escolha do proceder e a intimidade de horas em cima do instrumento se fazem ouvir em cada mínima puxada de harpejo ou na mão esquerda assoviando sobre a escala do instrumento. Ouve-se mais notas do que são tocadas. O que é comércio por demais honroso para os ouvidos.
exemplo? Tavinho Moura.
e depois, Tavinho se nutre daquela mesma região de Rosa. Uma das regiões mais ancestrais e misteriosas do Brasil, a do Alto São Francisco, na transição, no botar-se de Minas para Bahia.
e rio é o seu assunto. E é de pensar se quem não é de interior pode perceber o refinamento, a musicalidade desses caras em sua plenitude. Ou se é isso só privilégio de moleques de interior e rio.

as três cantigas gravadas ao vivo para a televisão em meio a conversas. Qual melhor outra? Cada uma delas:


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