quinta-feira, 10 de maio de 2012

Forje você mesmo, pra variar




Uma garotinha come geleia e no rótulo da geleia há uma garotinha comendo geleia. 
O que pode uma jovem professora, sem muito tempo para leitura fazer, além de pôr sua beleza – certo que sem gastá-la - e carisma a serviço de uma determinada teoria ou de um autor? Galvanizar o interesse de um grupo de alunos para começar a se familiarizar com os conceitos que suportam essa teoria ou foram criados por esse autor? Isso é pedra de toque. Gênese. É começo de tudo. E depois, quando ela chega em casa ainda há os seus meninos para cuidar. 
Mas também o problema das pós-graduações não é também o de indefinidamente apenas ficar nessa superfície? 
Nem sempre, Senhor Deleuze, a superfície é tudo. Ou o à flor da pele, o melhor desvio. Se por desvio despede-se do axioma para chegar ao pote ao fim do arco e da íris. 

Pós-graduações são rasas. E é você. Você quem deve abrir as picadas nas florestas do sem sentido. E ser ao mesmo tempo seu buana, capacete, malas e nativos carregadores, até chegar ao pote no fim do arco, que lhe abra as portas a todas as cores que a íris pode pressentir. Pós-graduações são rasas. E, logo é você. Você que deve forjar seus próprios abismos.

Seus próprios mise-en-abîmes.

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