terça-feira, 16 de outubro de 2012

Cinco Jujubas Midiáticas: a vida copia os documentários?

Eduardo Coutinho, Edifício Master, 2002


Obama segue pressionado para o próximo embate televisivo com Mitt Romney.
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O Libertad, veleiro da marinha Argentina, encontra-se detido em Ghana por imposição dos credores da dívida daquele país, que levaram cano à época da moratória de 2002. O ministro da marinha foi demitido e trezentos marinheiros que servem na embarcação encontram-se a ver navios na costa da África Ocidental. [BBC] 
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Novos protestos em Portugal contra mais medidas draconianas na economia. Vitor Gaspar, possivelmente o mais odiado ministro do planeta, anuncia um aumento da taxa geral de impostos de 9.8% este ano para 13.2% em 2013. 2% dos 600.000 funcionários públicos do país perderão o emprego. [Será que essa cifra está correta? Se estiver, 600.000 – sem entrar no mérito das demissões – parece um número excessivo num universo de dez milhões de habitantes].
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Brigas de galo estão se tornando populares entre profissionais liberais do Reino Unido. Médicos e dentistas bem estabelecidos possuem exemplares de galos de briga e seguem associados a clubes que promovem rinhas na Grã-Bretanha. Defensores dos direitos dos animais já mobilizam-se ante o crescimento do fenômeno. [Daily Mail]
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My Way”, na interpretação de Frank Sinatra, é a música mais pedida em funerais ao redor do globo, segundo a BBC. Lembram de quando um senhor de idade põe “My Way” em certo momento do “Edifício Master”, de Eduardo Coutinho? 
Pois é. Crônica antecipada.¹

A vida copia os documentários.

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¹E, lembrando melhor, o sujeito era  já idoso, e havia morado um tempo nos Estados Unidos, etc. E, então, talvez "My Way" seja a música mais pedida em funerais entre gente anglófona. E, porém, a cena, em si, no Master, é constrangedora. Segue no limiar entre o que se deve ou não mostrar. E isso de mostrar ou não fica a cargo de cada um. Aquela cena, no entanto, é apelativa. Talvez Edifício Master passasse melhor sem ela. Há algo nela que atenta contra a dignidade da personagem. Algo que fere uma espécie de decoro. E é de espantar que Coutinho haja decidido mantê-la no corte final.

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