quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Política? Eleições?


Frank Freed, 1954

prever o futuro da cidade é fácil. Mais difícil é ordená-lo um bocadinho mais, trabalhar no rumo de melhorá-lo, desde já e um pouco. um pouquinho. e às vezes sem tanta visibilidade imediata 

nesse rumo nenhum dos candidatos tem proposto algo mais do que vagas promessas de campanha e excessos de populismo. Chega a ser cômico que Marina apoie Férrer. Elmano Freitas foi uma escolha para pôr à prova a popularidade da atual prefeita, de Lula, do PT: o fortalezense não tolera um tipo assim, com essa barba supostamente de “guerrilheiro”. Barba de cearense, diria Daniel Filho em implacabilidade. Um tipo que nem abriu a boca e já se adivinha a palavra de ordem, o "companheiro" apostrofado. Será para comprovar, de fato, a bravata de Luizianne Lins: a de que pode eleger quem ela quiser? Talvez. Elmano Freitas, no entanto, tem subido nas pesquisas. E parece seguir no rumo de polarizar com Roberto Cláudio ou com Moroni. E porém três administrações seguidas é algo que atenta contra alternância de poder e aponta para certa acomodação inevitável. Roberto Cláudio, à sua vez, alinharia de vez a prefeitura ao Cambeba, o que não costuma ser boa fórmula. Moroni e Marcos Cals representam tudo que há de mais retrógrado na política cearense. E não menos a ressurreição política de Tasso, no caso de Cals. O que seria um passo atrás do tamanho de uma jamanta. Esse retorno ostensivo de Tasso não ocorrerá, no entanto, apesar de não se saber do real status das relações entre Cid e Tasso. E em que ponto do mapa dessas relações está Roberto Cláudio.

ando por longe de política há tempo demais para declarar voto. Mas o momento não pede renovação? E, no entanto, entre a renovação e Moroni ou Cals, a saída menos comprometedora é a continuidade

NOTA POSTERIOR
A rigor, o nome novo seria Roseno - que, convenhamos, já não é tão novo assim. Mas Roseno além de não ter chances, está de alguma forma ligado à grife política de João Alfredo, líder de uma carcomida coligação de esquerda que se arrasta ineficientemente pela política cearense não é de hoje.  (Quais os projetos de destaque propostos por Alfredo quando de seus mandatos na Assembleia e na Câmera Federal? Não se vai achar no palheiro a agulha. E ainda assim, em certo momento, ele teve veleidades de se candidatar a governador e, como não achou espaço, bandeou-se ao PSOL). Outro fenômeno foi a queda abrupta de Inácio Arruda. Abrupta mas perfeitamente merecida: Arruda não tramou nada de bom para o Ceará em seus anos como Senador. Do contrário, sua ineficácia só empatava com o despreparo de quem o elegeu. Durante esses anos, o estado viu uma série de obras infra-estruturais e de instalação de indústrias de grande porte serem abiscoitadas por Pernambuco, por exemplo. Raras vezes o terno de senadores do Ceará foi tão inexpressivo e submisso a interesses outros e particulares, alheios aos do estado, quanto nos últimos oito anos - pois Eunício Oliveira e José Pimentel, nomes para descartar numa eleição, foram os eleitos na renovação de 2/3, em 2010. E o mandato é de oito anos. Ou seja, o Ceará vai ficar a ver navios no senado pelos próximos seis anos. 

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